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Fiscalização nos bancos de JP: Entre as irregularidades está a ausência de estacionamento para cadeirantes


Fiscalização nos bancos de JP: Entre as irregularidades está a ausência de estacionamento para cadeirantes
 Diversas irregularidades foram encontradas na primeira instituição bancária fiscalizada pelo Programa de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério Público da Paraíba (MP- -Procon/MPPB), dentro do Programa Acessibilidade e Inclusão nas Relações de Consumo Paraibano. A fiscalização, cujo objetivo é averiguar as condições de acessibilidade em instituições financeiras localizadas em João Pessoa, foi iniciada na manhã de ontem pela Agência do Banco do Brasil da Praça 1817.


Visando detectar as principais dificuldades na acessibilidade aos serviços bancários, o promotor de Justiça e diretor do MP-Procon, Francisco Glauberto Bezerra, contou com a ajuda do Instituto dos Cegos e da Associação das Pessoas com Deficiência e Familiares (Asdef). Tão logo chegaram à agência bancária, foi formado um tumulto porque, além de não haver estacionamento exclusivo na entrada para o cadeirante, a instituição também não oferece condições para que a pessoa saia do carro e se locomova na cadeira de rodas até o interior da agência.

Carolina Vieira é cadeirante e vice-presidente da Asdef. Ela fez questão de acompanhar a equipe para vivenciar como estava a acessibilidade. “É constrangedor porque eu precisei da ajuda de várias pessoas para descer do carro porque não havia estacionamento exclusivo”, reclamou Carolina.


A situação complicou ainda mais quando ela foi tentar fazer uma operação no caixa eletrônico. “Eu não tenho como fazer uma operação porque a cadeira de rodas impede que eu alcance os teclados e isso é horrível porque eu tenho que pedir a uma pessoa para realizar a operação”, desabafou.


Além da constatação da falta de serviços adequada, a equipe também passou pelo constrangimento por parte de uma segurança da agência que tentou barrar a entrada.

De acordo com Glauberto Bezerra, esse é um procedimento que será realizado em todas as instituições e de início será mantido um diálogo social para entender as dificuldades mais patentes vivenciadas pelas pessoas com deficiência. “Nós constatamos nessa agência os vários problemas de acessibilidade que foram detectados por uma cadeirante que passou por dificuldade e constrangimento, fatos também registrados por pessoas com deficiência visual que constataram várias barreiras”, revelou.


A imprensa também foi proibida de acompanhar a fiscalização, fato que foi alvo de críticas por parte do promotor de Justiça e diretor do MP-Procon.


“Houve coação à fiscalização com relação à imprensa e direito à informação, que é fundamental. Isso é um espaço semipúblico, então, eu creio que a população deve ser informada sobre o desrespeito que sofre, da violência que é cometida contra as pessoas. O Ministério Público está vindo aqui, não somente a essa agência e sim a todas as agências bancárias, aliás, esse banco já tem uma decisão do STJ determinando que contratos em braile sejam fornecidos aos clientes. Inicialmente nós faremos uma ação educativa nessa agência, uma autuação pelo desrespeito praticado com o nosso trabalho e a terceira é no âmbito da ação civil, caso não haja o respeito à lei com relação às ações em âmbito administrativo, inclusive de improbidade administrativa, que essa instituição é uma empresa pública”, esclareceu Glauberto Bezerra.

Redação com PBAGORA

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