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CASO LAGOA: guerra de 'notas' ajuda oposição a desvendar superfaturamento, diz Bruno

CASO LAGOA: guerra de
O vereador Bruno Farias (PPS), líder da bancada de oposição na Câmara Municipal de João Pessoa, criticou nota emitida pelo Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Estado da Paraíba (Sintrafi/PB). Para o vereador, o Sindicato agrediu a Bancada de Oposição "numa clara reação de natureza política".

O vereador Bruno Farias ressalta em comunicado emitido na tarde desta sexta-feira (30), que em momento em algum fez agressões pessoais, principalmente em relação a coordenadora de filial da Gigov-JP, a senhora Luciana Torres Maroja Santos. "Comprovamos, através de documentos oficiais, que a esposa do Secretário foi signatária, sim, de ofícios que solicitam o desbloqueio de recursos para fins de pagamentos", escreveu.

Sobre a nota emitida pela Caixa Econômica Federal (CEF), o parlamentar argumentou que "a nota pública da CEF ratifica as nossas denúncias, pois não nega a participação da esposa do secretário Cássio Andrade na liberação de pagamentos da obra da Lagoa."

Confira texto do vereador Bruno Farias na íntegra:


De nota em nota, a gente começa a desvendar o superfaturamento de mais de 6 milhões de reais da obra da Lagoa.

O Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Estado da Paraíba (Sintrafi/PB), numa clara reação de natureza política, veiculou Nota Pública que agride a Bancada de Oposição da CMJP e distorce os fatos revelados. Até entendo o corporativismo, mas não posso aceitar ataques infundados e inconsequentes.

Em instante algum, acusei, em nome da Bancada da qual sou líder, a Senhora Luciana Torres Maroja Santos, coordenadora de filial da Gigov-JP, de integrar organizações criminosas. Apenas desmontamos o discurso da PMJP que, até o dia 27/06/2017, insistia, como forma de demonstrar lisura na execução da Obra da Lagoa, em dizer que a esposa do Secretário Municipal de Infraestrutura, Senhor Cássio Andrade, não havia participado de qualquer fase de liberação de pagamentos das medições feitas naquela obra.

Comprovamos, através de documentos oficiais, que a esposa do Secretário foi signatária, sim, de ofícios que solicitam o desbloqueio de recursos para fins de pagamentos dessas medições, que, segundo o Relatório de Fiscalização da CGU e o Laudo Técnico Pericial da PF, foram medições SUPERFATURADAS.

À bem da verdade, a nota pública da CEF ratifica as nossas denúncias, pois não nega a participação da esposa do secretário Cássio Andrade na liberação de pagamentos da obra da Lagoa.

Não se pode, também, tentar induzir a população a pensar que esses ofícios da CEF seguem um modelo padrão, pois, a partir de dezembro de 2015, quando a CGU está na iminência de concluir o seu Relatório, o nome da esposa do Secretário já não mais aparece nesses ofícios de liberação de recursos.

Temos o maior respeito pela história e pelos serviços prestados pela CEF ao longo de sua existência, pois acreditamos no zelo e na responsabilidade de seus funcionários. Em todo esse imbroglio envolvendo a obra da Lagoa, temos certeza de que a CEF é tão vítima quanto toda a sociedade pessoense, que foi lesada, segundo a PF, em mais de 6 milhões de reais.

Na condição de parlamentares, temos a obrigação institucional e o dever de consciência de fiscalizar os atos do Poder Executivo, revelando à sociedade todas as denúncias que trazem indícios de ilicitude.

Há de se questionar: é ou não é estranho o fato de o secretário de infraestrutura do município ter um concunhado trabalhando na empresa Compecc, construtora que venceu a licitação da revitalização do Parque Solon de Lucena, como gestor daquela obra, e ter a esposa como coordenadora do setor da CEF que libera os pagamentos das medições?

É uma relação estranha, coincidente, curiosa e que precisa ser investigada.

É importante registrar que, diante de nossa missão de fiscalizar, encaminhamos os documentos ao MPF, à PF e à própria CEF, para que essas instituições de controle apurem os fatos e cheguem às conclusões técnicas que toda a cidade de João Pessoa aguarda.

Não condenamos ninguém, até porque essa atribuição extrapola as nossas competências. Muito pelo contrário. Nós atuamos dentro dos limites do estrito cumprimento de nosso dever legal. Agora, quem faz o julgamento antecipado da servidora Luciana, é o próprio Sindicato, ao inocentá-la, sem que qualquer investigação tenha sido concluída. 

O Sindicato deveria se manifestar em favor da defesa da ampla maioria, honesta e trabalhadora, dos profissionais bancários, bem como na exigência da mais rigorosa apuração e severa punição aos profissionais que maculam essa tão honranda e digna classe de trabalhadores.

Por fim, reafirmo o meu respeito e admiração aos profissionais da CEF e a todos os bancários, renovando o meu compromisso inarredável de fiscalizar os atos do Poder Executivo, principalmente a obra da Lagoa, pugnando pela punição dos eventuais culpados, pois entre o uso político do sindicato e a transparência exigida pela sociedade, eu fico com a transparência exigida pela sociedade.

João Pessoa, 30 de junho de 2017.

Bruno Farias (Vereador)

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