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Deputado Arthurzinho é citado na lista dos ‘laranjas’ de Leto em Cabedelo, segundo a PF


A Polícia Federal concluiu pela existência de uma organização criminosa envolvendo pessoas dos poderes Executivo e Legislativo de Cabedelo, comandada pelo prefeito afastado e preso, Leto Viana (PRP), pela primeira-dama e vereadora Jacqueline Monteiro França e outros vereadores, que também foram afastados e presos.
A conclusão faz parte de relatório parcial do inquérito que analisou material e documentos apreendidos pela Operação Xeque-mate, deflagrada no início do abril em Cabedelo. O Correio teve acesso ao relatório parcial da Polícia Federal, referente ao material apreendido no dia 3 de abril, que resultou na prisão de 11 pessoas, incluindo o prefeito, a primeira-dama e quatro vereadores.
Conforme foi constatado pela PF, em inquérito presidido pelo delegado Fabiano Emidio de Lucena Martins, houve desvio de recurso e lavagem de dinheiro público, por meio da contração de servidores fantasmas para beneficiar diretamente os envolvidos nesse esquema milionário, que manipulavam os recursos que deveriam ser destinados ao pagamento dos salários dos assessores, além de emissão de cheques como forma de garantia de transações financeiras, sendo os valores dos cheques posteriormente repassados em espécie mediante a restituição de títulos e de doações de terrenos de forma fraudulentas.
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Na análise feita em cópias de cheques que deveriam ser destinadas aos pagamentos de assessores, há a citação de Jacqueline França, que a coloca no esquema de desvio de recursos de servidores fantasmas e os desvios nos salários de cada um para beneficiá-la, inclusive assessores vinculados ao gabinete de outros vereadores, cujos salários eram manipulados por ela.
Na documentação, também há a indicação de outros servidores que atuavam como laranjas de Leto e da primeira-dama, como Marcos Valério, José Anselmo e Maurício Chaves, que são apontados como arrecadadores de salários.
Manuscritos revelam contabilidade
No esquema de servidores fantasmas, a PF destaca que é impressionante a quantidade de cargos com altos salários (entre R$ 5 mil e R$ 10 mil) cujo controle financeiro é exercido diretamente pelo prefeito afastado, conforme parece revelar as anotações manuscritas ao lado de cada nome.
Além das pessoas em relação às quais aparece expressão “ok Leto” à frente de seus nomes (indicando que seriam laranjas vinculadas ao prefeito afastado), figuram como possíveis beneficiários de indicações de servidores laranjas os nomes de Flávio (vice-prefeito afastado), Tercinho (vereador afastado e preso Tércio Dornelas, Fabrício (Fabrício Magno), Arthur Dep (deputado Arthur Cunha Lima), André, Antônio (vereador afastado Antônio do Vale), Datele (vereador afastado e preso Rosildo Pereira Junior), Belmiro (vereador afastado Belmiro Mamede), Vitor Hugo (atual prefeito), Josué (vereador afastado Josué Pessoa) e Érica Gusmão.
No relatório há um capítulo específico sobre o Núcleo da Câmara de Vereadores, onde a PF apreendeu cartas-renúncias subscritas pelo vereadores José Eudes (PTB), líder da oposição, da Fabiana Régis (PDT), filha do ex-prefeito José Régis, que se encontravam na casa do vereador Tércio Dornelas (PSL), um dos presos na operação, junto com uma carta dele próprio e de Antonio Moacir (PP), Josué Pessoa (PSDB), Belmiro Mamede (PP) e Lúcio José (PRP), o presidente da Câmara.
O OUTRO LADO
Defesa de Leto desmente notícia sobre utilização de “laranjas”
A defesa do prefeito afastado de Cabedelo, Leto Viana, divulgou nota acerca de matéria publicada no Jornal Correio da Paraíba sobre as investigações da Polícia Federal na Operação Xeque Mate.
De acordo com a reportagem, Leto Viana e a mulher, a vereadora Jacqueline França, também presa, usaram “servidores fantasmas” para fins de enriquecimento, conforme consta do relatório parcial do inquérito que analisou material e documentos apreendidos no bojo da Operação Xeque-Mate, deflagrada no início de abril na cidade portuária.
“A defesa do Prefeito Leto Viana vem esclarecer que as imputações apresentadas até agora contra ele e sua esposa Jaqueline Viana são completamente dissociadas da realidade. Não há – e nem poderia haver – qualquer prova material que as corrobore. Trata-se de uma série de ilações que tenta acabar com a vida pública de várias pessoas sem sequer ouvi-las. Primeiro, jogam as acusações na grande mídia para depois tentar procurar construir provas”, diz um trecho da nota assinada pelos advogados Raoni Vita e Carlos Fábio.

Da Redação 
Com PolêmicaPB

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