PC alerta população a não usar água de poços em Barra de São Miguel, PB
Quatro pessoas morreram asfixiadas após entrarem em poço na cidade.
Perícia suspeita que reação química na água está reduzindo oxigênio.
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De acordo com o perito criminal do setor de engenharia forense do IPC, Robson Félix, nesta sexta-feira (13) a equipe voltou ao local e fez uma série de procedimentos específicos. As vítimas morreram na tarde da última quinta-feira (12), depois de entrarem em um poço que fica no sítio Riacho Fundo.
Com auxílio de um equipamento, os peritos constataram uma concentração muito baixa de oxigênio, que não é normal para um poço de pouca profundida. O equipamento também não constatou a presença de gases tóxicos. O aparelho usado tem capacidade de detectar presença de oxigênio, gás metano, sulfídrico e monóxido de carbono.
“O percentual mínimo de concentração de oxigênio necessário para um ser humano respirar é de 19,5%. Abaixo de 10% já é o suficiente para uma pessoa tem palpitações e se sentir muito mal. No poço onde eles entraram o percentual era de apenas 3,4% de oxigênio. Para um poço com 6,6 metros de profundidade isso não é normal. A nossa suspeita é de que alguma reação química esteja provocando essa redução de oxigênio”, explicou o perito.
“O percentual mínimo de concentração de oxigênio necessário para um ser humano respirar é de 19,5%. Abaixo de 10% já é o suficiente para uma pessoa tem palpitações e se sentir muito mal. No poço onde eles entraram o percentual era de apenas 3,4% de oxigênio. Para um poço com 6,6 metros de profundidade isso não é normal. A nossa suspeita é de que alguma reação química esteja provocando essa redução de oxigênio”, explicou o perito.
Para investigar a hipótese, a perícia fez uma coleta da água do poço e está fazendo análises para tentar identificar o que aconteceu. De imediato, a perícia está suspeitando de uma forte concentração de agrotóxico, tendo em vista que a região possui plantações. Para prevenir, o IPC recomenda que a população não use água de poços na região e mantenha distância principamente do poço onde as mortes ocorreram.
“A suspeita é de que uma reação química esteja reduzindo o oxigênio no poço. Ainda não sabemos qual tipo de substância existe na água, mas questão dos agrotóxicos é uma suspeita que está sendo levantada, por causa das plantações próximas. Enquanto isso não for esclarecido, a recomendação é de não usar água de poços da região, pois, se este for o problema, o lençol freático também pode está contaminado”, alertou o perito.
Os exames estão sendo feitos por equipes do IPC de João Pessoa, que atuam em casos especializados de investigação. A previsão é que o resultado dos exames seja divulgado no prazo de até 10 dias, podendo ser prorrogados até 30 dias.
Com G1
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